A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode trazer sérios riscos à saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer. Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade é reconhecida como um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e requer ações prioritárias de promoção da alimentação adequada e saudável e de intervenções para a construção de ambientes alimentares saudáveis.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2020, mais da metade dos adultos brasileiros apresenta excesso de peso (60,3%), sendo que 26,8% são obesos. Entre os adolescentes, 19,4% têm excesso de peso e 6,7% são obesos. Já entre as crianças menores de 10 anos acompanhadas na Atenção Primária à Saúde em 2021, 15,8% têm excesso de peso e 7,6% são obesas.
A obesidade em crianças e adolescentes é um problema grave, que pode ocasionar repercussões negativas na saúde física e mental, além de aumentar o risco de desenvolver doenças crônicas na vida adulta. Um dos fatores que contribuem para o aumento da obesidade nessa faixa etária é o crescimento dos ambientes obesogênicos, ou seja, aqueles que favorecem o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcar, sal e aditivos químicos, e o sedentarismo.
Para prevenir e combater a obesidade, é fundamental adotar hábitos alimentares saudáveis desde a infância. O Ministério da Saúde recomenda que a base da alimentação seja composta por alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijão, arroz, leite, ovos e carnes. Esses alimentos devem ser combinados com ingredientes culinários naturais ou minimamente processados, como óleos vegetais, azeite, manteiga e sal. As preparações culinárias devem ser feitas em casa, valorizando os saberes e as tradições locais.
Os alimentos processados, como queijos, pães e conservas devem ser consumidos em pequenas quantidades e como ingredientes ou parte das refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados. Já os alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e nuggets devem ser evitados ou reduzidos ao máximo, pois além de conterem poucos nutrientes essenciais para a saúde, possuem substâncias prejudiciais ao organismo.
Além de escolher bem os alimentos que compõem a alimentação diária, é importante prestar atenção na forma como eles são consumidos. O Ministério da Saúde orienta que se faça pelo menos três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar) e um lanche saudável se necessário. As refeições devem ser feitas em horários regulares e sem pressa, preferencialmente em locais limpos e confortáveis. Também é recomendado evitar distrações como televisão ou celular durante as refeições e compartilhar esse momento com outras pessoas sempre que possível.
Outra dica importante é planejar as compras dos alimentos com antecedência e evitar ir ao supermercado com fome ou sem uma lista. Isso ajuda a evitar compras por impulso ou influenciadas pela publicidade. Além disso, é essencial ler os rótulos dos produtos e comparar as informações nutricionais para fazer escolhas mais conscientes.
A alimentação saudável é um direito de todos e uma estratégia eficaz para a prevenção da obesidade e de outras doenças. Para isso, é preciso que haja políticas públicas que garantam o acesso da população a alimentos de qualidade, a preços justos e em quantidade suficiente. Também é necessário que haja ações de educação alimentar e nutricional nas escolas, nos serviços de saúde e nos meios de comunicação, visando a promoção da saúde e a valorização da cultura alimentar brasileira.
Fonte: gov.br
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